Uma mulher de 37 anos sofreu uma parada cardiorrespiratória após ingerir uma planta venenosa pensando que era couve, em Patrocínio (MG), no Alto Paranaíba. O caso aconteceu na quarta-feira (8) e deixou outras três pessoas hospitalizadas.
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De acordo com o Corpo de Bombeiros, as vítimas consumiram a planta conhecida como “fumo-bravo” durante o preparo de um almoço. O vegetal foi coletado por engano nas proximidades da cozinha da casa.
Logo após a refeição, os quatro começaram a apresentar sintomas de intoxicação, como tontura, fraqueza e dificuldade para respirar.
Durante o atendimento, a mulher teve uma piora súbita e entrou em parada cardiorrespiratória (PCR). Os bombeiros realizaram manobras de reanimação e a vítima foi levada ao Pronto-Socorro Municipal, onde o quadro foi revertido.
As outras vítimas — dois idosos, de 60 e 67 anos, e um homem de 49 — foram socorridas pelo Samu e permanecem internadas em estado grave. Uma criança de 2 anos, que não ingeriu a planta, também foi levada ao hospital e segue em observação médica.
O que é o fumo-bravo?
O fumo-bravo (Nicotiana glauca) é uma planta tóxica da mesma família do tabaco comum (Solanaceae). Suas folhas largas e verde-acinzentadas podem ser facilmente confundidas com as de hortaliças, como a couve.
A planta cresce de forma espontânea em várias regiões do Brasil, principalmente em áreas rurais, pastagens e beiras de estrada. Todas as suas partes contêm alcaloides venenosos, entre eles a anabasina, substância que age no sistema nervoso e pode causar náuseas, vômitos, fraqueza muscular e dificuldade respiratória.
Em casos mais graves, a intoxicação pode levar à insuficiência respiratória e à parada cardiorrespiratória. Especialistas alertam que nenhuma planta de origem duvidosa deve ser consumida sem identificação segura.
