O Rio de Janeiro registrou quase 800 tiroteios durante ações policiais apenas em 2025, aponta levantamento do Instituto Fogo Cruzado. De acordo com o estudo, 762 confrontos foram registrados na região metropolitana, resultando em 634 pessoas baleadas, das quais 270 morreram.
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Além disso, o levantamento mapeou a incidência das chamadas “chacinas policiais”, quando três ou mais pessoas morrem em uma única ação. Até outubro, 26 casos foram registrados, o que corresponde a uma média de uma chacina a cada 12 dias.
Confrontos recentes e repercussão
A mais recente operação ocorreu em 10 de outubro, envolvendo 15 comunidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Sete homens, apontados como integrantes do Comando Vermelho, foram mortos a tiros, seis deles no Morro do Juramento, na zona norte da capital. Segundo a polícia, os suspeitos portavam fuzis e granadas.
O delegado licenciado e deputado estadual Carlos Augusto Nogueira (PL) defende que os agentes de segurança precisam exercer o direito à legítima defesa. “Ele vai atirar na medida em que atiram nele. Então, é possível que haja mais mortes quando há mais confrontos”, afirmou.
No entanto, Nogueira alerta que a redução de mortes, principalmente de inocentes, deve ser prioridade. “É preciso agir pontualmente para retirar aqueles bandidos sem trocas de tiros. Isso mancha qualquer política de segurança pública”, completou.
Por outro lado, o sociólogo Ignácio Cano sugere mudanças estruturais nas forças de segurança. “Uma polícia que deveria reduzir os tiroteios protagoniza os tiroteios dentro de uma lógica de guerra. Essas mortes não mudam rigorosamente nada”, disse Cano, reforçando a necessidade de novas estratégias de combate à violência urbana.






















































