Moradores e comerciantes de Nova Parnamirim realizaram um protesto, nesta segunda-feira (ontem), para denunciar o forte mau cheiro vindo da Lagoa de Captação Nezinho Alves, localizada na Avenida Abel Cabral, em Parnamirim. O grupo interditou o entorno da lagoa reclamando do odor intenso, que tem dificultado até a realização de refeições dentro das próprias casas e estabelecimentos da região.
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Segundo os moradores, o problema afeta toda a rotina de quem vive próximo a lagoa e tem comprometido a qualidade de vida.
Moradores relatam incômodo diário
Uma moradora que vive há 17 anos próximo ao local, contou que o problema começou entre junho e julho deste ano. Na época, equipes da Prefeitura de Parnamirim realizaram um trabalho paliativo, mas a situação voltou.
Ela relatou que janelas precisam permanecer fechadas o dia inteiro e que muitos moradores estão deixando suas casas para dormir em locais de familiares devido ao cheiro insuportável. Comércios como restaurantes e academias também já registram queda de movimento.
“Não queremos saber de gestões anteriores, queremos solução. O IPTU chega certinho, mas providência que é bom não aparece. Não tem ninguém aqui da prefeitura”, desabafou a moradora.
Nota da Prefeitura de Parnamirim
Em nota, a Prefeitura de Parnamirim informou que iniciou um processo de recuperação das lagoas de captação do município, com foco na Lagoa Nezinho Alves. De acordo com a gestão, o problema é agravado pela existência de ligações clandestinas de esgoto feitas por condomínios e comércios da região, além da falta de manutenção em gestões passadas.
Entre as ações relatadas pela prefeitura estão:
aplicação de cal para reduzir o mau cheiro;
início de tratamento biológico com produto químico para acelerar a decomposição do material orgânico;
retirada de parte desse material acumulado no reservatório.
A prefeitura afirmou que busca uma solução definitiva para a área.
Protestos devem continuar
Os moradores afirmam que o protesto continuará até que providências efetivas sejam tomadas. Eles também denunciam que o trabalhador responsável pela manutenção diária da lagoa foi demitido e substituído por uma empresa terceirizada, que, segundo o grupo, não aparece no local.
Além do mau cheiro, moradores reforçam que o secretário responsável pela área já confirmou a existência de esgoto clandestino sendo despejado na lagoa, que deveria receber apenas água da chuva.
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