O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera queda no preço dos alimentos com a supersafra e com a redução do dólar, durante entrevista ao Flow Podcast na noite desta sexta-feira (7).
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“Eu acredito que uma série de produtos, que estão mais caros, vão ter preços reduzidos com a entrada da safra deste ano, que, ao que tudo indica, será uma supersafra”, disse o ministro.
A queda do dólar também deve ajudar a reverter o preço dos alimentos, na visão do ministro, depois de uma forte alta em dezembro de 2024, quando o dólar passou dos R$6.
Para o ministro, a inflação deve cair quando os resultados da produção agrícola chegarem aos mercados. “Produtos que estão com preços altos hoje vão ficar sob controle quando entrar a safra.”
“O milho está caro. A galinha come milho, o ovo ficou caro, o frango ficou caro”, disse. “Há algumas coisas como o café que exigem mais cuidado. A demanda do café no mundo está desatendida”, acrescentou.
Haddad foi questionado sobre a crise de imagem no governo com a “inflação dos alimentos”, Haddad disse que encara como parte da vida pública. “Quando você está em um governo, tudo vai para sua conta”, disse.
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, nessa quinta-feira (6), uma série de medidas para baratear os preços dos alimentos no país.
A principal decisão foi de zerar a tarifa de importação de produtos como carne, café, açúcar, milho, óleo de girassol, azeite de oliva e massas alimentícias. De acordo com Alckmin, a medida deve ser aprovada nos próximos dias e não deve ter um prazo de duração estipulado.
Já nesta sexta, o presidente Lula disse que está preocupado com a inflação dos alimentos e que não descarta medidas mais drásticas caso as já adotadas não tenham o efeito esperado.
País deve crescer com mais moderação
O ministro disse que o Brasil vai continuar crescendo, “com um pouquinho mais de moderação”, por causa do esforço para controlar a inflação no país. “Essa calibragem é fundamental para continuar crescendo, mas mantendo a inflação minimamente controlada”, afirmou.
Segundo as projeções do Ministério da Fazenda, o PIB (Produto Interno Bruto) deve avançar 2,5% em 2025. No ano passado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta foi de 3,4%, com a atividade econômica impulsionada pelo consumo das famílias, além dos setores de serviços e indústria.
SBT News
