Após ter a prisão decretada pelo presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), na madrugada desta terça-feira (4), o potiguar, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, pagou fiança e foi solto.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside a comissão, ordenou a prisão após acusá-lo de falso testemunho. De acordo com o parlamentar, Abraão Lincoln mentiu ao dizer que não conhecia o tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, padrinho de um de seus netos. Viana apresentou uma foto do batizado e afirmou que Lincoln transferiu R$ 5 milhões para uma conta de Negreiros.
Escândalo no INSS continua em apuração
O escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) veio à tona após uma série de reportagens do portal Metrópoles, publicadas a partir de dezembro de 2023. As investigações mostraram que a arrecadação de associações sindicais saltou para R$ 2 bilhões em um ano, com fortes indícios de fraudes em filiações de aposentados.
A repercussão levou à abertura de inquérito da Polícia Federal (PF) e à atuação da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 reportagens do Metrópoles foram citadas pela PF na representação que resultou na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano.
Como resultado, o governo exonerou o presidente do INSS e o ministro da Previdência, Carlos Lupi. Além disso, novas frentes de apuração buscam identificar políticos e sindicalistas envolvidos no esquema.
Por outro lado, a CPMI pretende convocar novos depoentes nas próximas semanas. O objetivo é ampliar o entendimento sobre o desvio de recursos e a possível participação de dirigentes sindicais em fraudes previdenciárias.






















































