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O que está acontecendo em Maceió? Entenda o que provoca o afundamento de bairros inteiros

Foto: Reprodução

Moradores de Maceió, capital de Alagoas, tiveram que deixar suas casas às pressas nos últimos dias. O motivo? O afundamento do solo. Segundo a Defesa Civil, o colapso de uma mina, localizada no bairro de Mutange, pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã.

Entre os dias 28 e 30 de novembro, o solo nas proximidades da mina que está sob risco de desabar cedeu 1,87 metro — mais de 60 centímetros por dia. Ao todo, mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados e 55 mil pessoas foram afetadas pelos afundamentos de terra na cidade desde o surgimento das primeiras rachaduras, em 2018.

Mas, afinal, o que está acontecendo em Maceió?
Desde a década de 70 há na região minas de extração de sal-gema, utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.

Após o surgimento dos primeiros sinais de colapso do solo, em 2018, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, apontou que a exploração em uma região onde existiam falhas geológicas provocaram a instabilidade no solo.

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A extração do sal-gema ocorria com autorização do poder público. Inicialmente, operava na cidade a Salgema Indústrias Químicas S/A, que foi substituída pela multinacional Braskem — com atuação no Brasil, EUA, Alemanha e México, é controlada pela Novonor e conta com a Petrobras como uma das acionistas.

Como é feita a extração do sal-gema e como isso provocou os afundamentos?
Para a exploração do sal-gema foram escavados grandes poços, onde água era injetada na camada de sal, gerando um líquido que posteriormente era transformado no produto final.

Com o fim da atividade do poço, o espaço era preenchido com líquido com o objetivo de manter a estabilidade do solo. No entanto, ao longo de mais de quatro décadas de exploração, parte das minas começaram a vazar, provocando instabilidade e abrindo crateras na cidade. Ao todo, há 35 minas na área urbana de Maceió.

Para onde as pessoas estão sendo levadas? Elas são responsáveis?
Uma decisão da Justiça Federal determinou a desocupação de residências na última 5ª feira (30.nov) e autorizou que o Estado use a força policial caso as pessoas resistam a deixar o local.

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Os moradores relatam que foram retirados à força sob ameaça de prisão. As casas não foram construídas em área de risco. E, segundo as pessoas deslocadas, não há orientação sobre onde procurar abrigo.

Os moradores pedem a inclusão da nova área afetada no Mapa de Risco da Defesa Civil. Com a inclusão, as pessoas afetadas podem acionar a Braskem solicitando compensação financeira.

E a Braskem?
A Braskem informou por meio de nota, que “continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências” e segue colaborando com as autoridades competentes.

SBT News

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