Cientistas europeus estimam que, nos próximos meses, a temperatura global deve ultrapassar o limite de 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, estipulado pelo Acordo de Paris. A observação foi publicada na terça-feira (9), no mesmo relatório em que os estudiosos confirmaram que 2023 foi o ano mais quente já registrado da história.
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O cenário é preocupante, uma vez que o aquecimento acima da meta pode provocar consequências extremas para o meio ambiente e a humanidade. Cientistas das Nações Unidas (ONU) já mostraram, por exemplo, que a maior parte dos recifes de coral do planeta desaparecerão, podendo ser extintos caso o mundo fique 2ºC mais quente. Outra consequência é o derretimento em maior velocidade e irreversível das geleiras, fazendo com que o nível do mar suba constantemente por centenas de anos. O cenário pode fazer com que cidades costeiras como Santa Mônica, na Califórnia, e Rio de Janeiro, no Brasil, fiquem completamente submersas, desaparecendo do mapa.
A previsão é que a ultrapassagem do limite de aquecimento em 2024 não seja permanente, sobretudo devido ao enfraquecimento do fenômeno meteorológico El Niño. Com isso, a Terra deve voltar para temperaturas 1,2ºC ou 1,3ºC mais quentes que as pré-industriais. Caso o mundo volte a ultrapassar o limite até 2030, os danos serão irreversíveis.
*Com informações SBT News