O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu investigação para apurar o caso dos pacientes que perderam a visão após um mutirão para cirurgia de cataratas no município de Parelhas. Várias provas estão sendo coletadas para apontar os responsáveis pelos danos causados, inclusive se a finalidade assistencial de saúde tinha cunho eleitoreiro.
De acordo com a promotora substituta de Parelhas, Ana Jovina de Oliveira Ferreira, a investigação tem três frentes. A primeira fase envolveu a coleta de provas, análise de produtos, documentos e testemunhal para identificação das causas. A segunda parte é da apuração da responsabilidade civil e indenização aos pacientes que perderam o globo ocular.
“A Indenização é a parte que parece mais evidente, tivemos duas reuniões com a prefeitura municipal de Parelhas e ele estão cientes de que terão que indenizar os pacientes proporcional ao dano causado a essas vítimas”, revelou a promotora.
A terceira fase da investigação é sobre a denúncia de desvio de finalidade do mutirão de saúde. Segundo Ana Jovina, o ponto de vista eleitoral será apurado. “Essa preocupação é pertinente, se houve conduta vedada vamos perceber isso na análise probatória, e isso está sendo apurado”, explicou.