As fortes chuvas que atingiram Natal no último domingo (26) resultaram em mais um alagamento na região da engorda da Praia de Ponta Negra. Este foi o segundo episódio registrado em 2025. O fenômeno reacendeu os debates sobre os impactos e ajustes necessários na recente obra de ampliação da faixa de areia.
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De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, os alagamentos temporários fazem parte de um processo de adequação do novo sistema de drenagem instalado na praia após a intervenção.
“Esses alagamentos temporários que acontecem, foi uma solução dada para que nós pudéssemos evitar as voçorocas do arraste da areia que acontecia na drenagem de 30 anos atrás, a drenagem antiga, que formava os sulcos na areia arrastando o material. Como nós colocamos o aterro hidráulico, seria impossível manter a mesma metodologia, o mesmo sistema, a mesma tecnologia, arrastando o próprio material que engordou a Praia de Ponta Negra. Dessa forma, esses pequenos lagos podem vir a acontecer uma vez ou outra, principalmente nessa fase de finalização do sistema de drenagem, mas a infiltração dele será rápida, como já aconteceu de ontem (domingo) para hoje (segunda-feira) e cada vez mais eficiente a não geração desses pequenos lagos”, falou Mesquita.
Confira a explicação do secretário:
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Vale lembrar que o primeiro alagamento na região foi registrado no dia 13 de janeiro, resultado de uma conexão inadequada entre dois pontos do sistema de drenagem, de acordo com Thiago Mesquita.
Engorda concluída após quatro meses de obras
A obra de engorda da Praia de Ponta Negra foi concluída no último sábado (25), após quatro meses de trabalho iniciado em 20 de setembro de 2024. Durante o processo, 1 milhão de metros cúbicos de areia foram utilizados para ampliar e recuperar a faixa de areia, que sofria com erosão e a redução do espaço disponível para banhistas e turistas.
Rodolitos
Sobre os rodolitos, Mesquita explica que as pedrinhas na areia são um material natural e comum no fundo de todos os oceanos, trazido junto com a retirada da jazida.
“É impossível, durante o processo de explotação da areia, que esse material calcário não venha junto. Ele é inerte e está depositado no fundo do mar. Mas, a partir de fevereiro, serão colocados equipamentos para fazer toda a filtragem e retirar esse material concentrado, principalmente na área central da praia”, revela.
