Hoje, quarta-feira, 19 de fevereiro, é o Dia do Esportista. Apesar de não ser o dia em que as pessoas mais frequentam a academia (terça-feira, segundo o último relatório da Wellhub), é sempre tempo de se exercitar ou recomeçar a prática de exercícios.
Lembrando a regra da Organização Mundial da Saúde (OMS): o ideal é praticar 300 minutos de atividade física aeróbica moderada ou 150 de atividade intensa por semana.
Segundo o Ministério da Saúde, para avaliar a intensidade da prática pode-se observar a respiração, os batimentos cardíacos e tentar conversar.
Nas moderadas, a respiração é um pouco afetada e os batimentos cardíacos aumentam, mas ainda é possível conversar. E nas intensas, a mudança é maior, como também torna-se quase impossível falar.
A pasta também recomenda tentar dar uma nota ao esforço físico. Se você perceber que ele está entre 1 e 4, a atividade foi leve. Entre 5 e 6, moderada. Acima de 7, intensa.
O SBT News separou cinco mitos e verdades sobre a prática de atividade física, de acordo com estudos científicos e especialistas.
Suor é sinal de emagrecimento
Mito
O suor funciona como uma resposta do nosso organismo na tentativa de equilibrar a temperatura corporal – mas não tem relação nenhuma com a perda de peso, afirma a endocrinologista Ana Luiza Cardoso.
“Além disso, quando nos pesamos antes e depois do treino e percebemos uma redução de peso, quer dizer que estamos perdendo água, e não gordura. E aí vem um alerta importante: se ao final observar uma perda superior a 2% do peso inicial, significa que você não está se hidratando corretamente”, ressalta.
Considere também o seu tipo de suor. Se ele estiver branco, é sinal de que você precisa se hidratar.
Para se hidratar corretamente na hora de se exercitar, o ideal é beber 500 ml de água horas antes de treinar e continuar se hidratando durante a atividade, com ingestões de 150 ml a 300 ml a cada 20 minutos.
Exercício físico pode ajudar a prevenir câncer
Verdade
O exercício físico pode reduzir em até 35% as chances do desenvolvimento de câncer de próstata nos homens. É o que mostra um estudo sueco, publicado no British Journal of Sports Medicine.
O levantamento foi feito com 57.652 homens entre os anos de 1982 e 2019, um dos maiores estudos no ramo. Dessa forma, os participantes foram agrupados entre aqueles que têm o condicionamento físico aumentado, estável ou diminuído. No grupo que apresentou melhora na aptidão física ao longo dos anos do levantamento, foi observada uma redução de 35% nas chances de desenvolver a doença.
Além disso, de acordo com o oncologista Daniel Vargas, a prática de atividade física, por pelo menos 3 horas por semana, pode-se reduzir em até 60% o risco da doença voltar.
Falta de exercício pode prejudicar o cérebro
Verdade
Os pesquisadores da Universidade Missouri, nos EUA, descobriram que apenas 10 dias de inatividade física levam à resistência à insulina e ao aumento na produção de espécies reativas de oxigênio no hipocampo, a região do cérebro envolvida na memória e no aprendizado.
“Pesquisas sobre o desenvolvimento do Alzheimer estão começando a mostrar que muitas das mudanças neurológicas da doença de Alzheimer ocorrem quando as pessoas estão na faixa dos 40 e 50 anos, mesmo que o diagnóstico oficial do Alzheimer geralmente ocorra aos 65 anos ou depois”, ressalta Frank Booth, um dos autores do estudo.
Mais atividade física, mais perda calórica
Mito
O antropólogo evolucionista e autor do livro “Burn”, Herman Pontzer passou mais de 10 anos medindo o metabolismo de pessoas, desde ultra atletas a trabalhadores de escritório, bem como de nossos parentes animais mais próximos e fez uma descoberta: a quantidade de exercício não é diretamente proporcional a perda de peso. E a resposta está na alimentação, claro que sem eliminar a prática de exercícios físicos.
Tadalafila ajuda na musculação
Mito
Não existe nenhum estudo que comprove essa hipótese. É o que apontam Fernando Facio, chefe do Departamento de Andrologia, Reprodução e Sexualidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e Leonardo Seligra, médico urologista e andrologista titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Seligra acredita que a ideia das pessoas que utilizam a substância como pré-treino esteja baseada no efeito de vasodilatação que a tadalafila causa em todo o corpo. Esse efeito traz uma falsa sensação de aumento de volume dos músculos no pós-treino.
O remédio não tem efeito porque age em musculaturas diferentes, explica Facio. “O remédio atua na musculatura lisa, não na estriada, foco da atividade física”, diz.
