A notícia preocupa milhares de brasileiros que sonham com a dupla nacionalidade. Europa endurece cidadania e torna mais difíceis os processos de reconhecimento para descendentes de imigrantes, especialmente em países como Itália, Portugal e Reino Unido.
Leia também:
Cão de suporte emocional é barrado e TAP cancela voo no Galeão
A Itália, por exemplo, modificou sua legislação sobre o direito de sangue. Agora, apenas filhos e netos de italianos nascidos fora do país poderão solicitar a cidadania. Além disso, o parente italiano deve ter mantido exclusivamente essa nacionalidade ou ter vivido dois anos na Itália antes do nascimento do requerente. A medida não afeta quem já tem o direito reconhecido ou quem entrou com ação judicial até 28 de março de 2025.
Como compensação, o governo italiano criará um novo visto de trabalho para descendentes que não se encaixam nas novas regras. O decreto com os critérios deve sair nos próximos meses.
Portugal e Reino Unido seguem na mesma direção
Simultaneamente, Portugal também promete endurecer sua política migratória. A coligação de centro-direita que venceu as últimas eleições deseja dobrar o tempo necessário para naturalização de cinco para dez anos. O governo ainda pretende excluir o período de espera pela autorização de residência dessa contagem.
Além disso, o primeiro-ministro António Leitão Amaro declarou que milhares de imigrantes ilegais deverão deixar o país em até 20 dias. A proposta segue em análise no Parlamento, mas já gera apreensão entre os interessados na cidadania portuguesa.
Por outro lado, o Reino Unido também anunciou mudanças significativas. O primeiro-ministro Keir Starmer propôs aumentar os requisitos de idioma, restringir vistos e exigir residência mínima de dez anos para pedidos de cidadania. Empresas britânicas também não poderão mais contratar estrangeiros diretamente.
Estados Unidos também apertam regras
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que impede filhos de imigrantes irregulares de obterem cidadania automática. A medida enfrenta contestação na Justiça, mas reflete a política mais rigorosa adotada desde o início do mandato.
Além disso, o governo passou a exigir mais informações nos formulários de imigração e intensificou as deportações. Em contrapartida, lançou o programa “gold card”, um visto que concede residência a quem investir US$ 5 milhões no país.
