A STTU fiscaliza frota emergencial e notificou oficialmente as empresas operadoras do transporte público de Natal por descumprirem a decisão judicial que determina 70% da operação durante a greve dos rodoviários. O monitoramento foi intensificado nesta quarta-feira (4), primeiro dia da paralisação. A fiscalização acontece em tempo real e visa garantir o cumprimento da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região.
Leia também:
TRT-RN determina 70% da frota em circulação durante greve dos ônibus em Natal
Segundo a STTU, os relatórios técnicos já estão sendo elaborados e serão encaminhados à Justiça do Trabalho. Com isso, o órgão busca subsidiar eventuais penalidades contra as empresas e trabalhadores que não cumprirem a determinação. As negociações continuam entre a Justiça, as operadoras (Seturn) e o sindicato dos rodoviários (Sintro).
Linhas que devem operar durante a greve
A decisão judicial determina que 70% da frota opere em horário regular. As linhas incluem, por exemplo, a N-08 (Redinha/Mirassol), com 9 veículos e 47 viagens, e a O-38 (Planalto/Praia do Meio), com 16 veículos e 68 viagens. No total, mais de 40 linhas receberam definição de quantidade mínima de veículos e viagens.
Apesar disso, a STTU constatou que nem todas as linhas estão circulando conforme o previsto. As linhas N-26, N-61, O-33B, O-76, 585 e 589 não estão operando, o que motivou a notificação às empresas responsáveis.
A STTU reforça que seguirá acompanhando de perto a execução da operação. Os técnicos do órgão elaboram relatórios diários para garantir que a população tenha acesso ao transporte, mesmo durante o movimento grevista.
Entenda os motivos da greve
A paralisação ocorre após impasse entre rodoviários e empresários. A proposta rejeitada incluía reajuste salarial de R$ 2.583,37 para R$ 2.600,00 até outubro de 2025, aumento no vale-alimentação de R$ 500 para R$ 550, além de reajustes no plano de saúde, banco de horas e pagamento de CNH e exame toxicológico pelos empregadores.
Mesmo com avanços nas negociações, as empresas não aceitaram a proposta final, o que resultou na deflagração da greve. A STTU alerta que continuará monitorando o cumprimento da decisão e poderá acionar a Justiça em caso de novas irregularidades.
