O Brasil ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos realizados em um único ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram 30,3 mil procedimentos realizados em 2024. Cerca de 85% dessas cirurgias aconteceram por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que investiu R$ 1,47 bilhão na área — um aumento de 28% em relação ao valor de 2022.
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Mesmo com o avanço, o número de doadores caiu levemente. Em 2023, foram registrados 4.129 doadores. Já em 2024, o total chegou a 4.086. Atualmente, aproximadamente 78 mil pessoas estão na fila por um transplante no país.
Rim é o órgão mais solicitado
Entre os órgãos com maior demanda, o rim lidera com 42.838 pessoas na fila de espera. Em seguida vêm a córnea (32.349), a medula óssea (3.743) e o fígado (2.387). A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Patrícia Freire, reforçou a necessidade de conscientização.
“Vimos o aumento dos transplantes, mas a diminuição de doadores. É fundamental falar sobre a importância da doação e de quantas vidas podem ser salvas”, destacou Patrícia.
Como se tornar um doador
Para doar órgãos, a família precisa autorizar o procedimento após a morte do paciente. Segundo a Lei nº 9.434/1997, cônjuges ou parentes de até segundo grau têm o direito de decidir. Em 2024, 55% das famílias entrevistadas autorizaram a doação.
Além disso, é possível registrar o desejo formalmente por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Até abril de 2025, mais de 20 mil pessoas já haviam preenchido o formulário digital, que serve como referência para os familiares no momento da decisão.
Com informações do SBT News
