O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou nesta terça-feira (10) o interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é réu no processo que investiga a trama golpista contra o resultado das eleições de 2022. A ação penal foi aberta a partir de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Segundo a acusação, Bolsonaro sabia da existência de uma minuta de decreto golpista. O documento previa medidas como a decretação de estado de sítio e a prisão de ministros do STF, incluindo o próprio Moraes. O caso se baseia, entre outras provas, na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
Durante seu depoimento na última segunda-feira (9), Cid afirmou que Bolsonaro participou de uma reunião em que o plano foi apresentado. Ainda segundo ele, o ex-presidente teria sugerido alterações no texto, incluindo apenas a prisão de Moraes como possível medida.
Veja um trecho do depoimento
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Interrogatório marca fase final da ação penal
Bolsonaro é um dos oito réus do chamado núcleo 1 da denúncia. Entre os outros envolvidos estão nomes como Anderson Torres, Augusto Heleno, Almir Garnier e Alexandre Ramagem. Alguns já prestaram depoimento. Faltam ainda os interrogatórios de Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
A fase de interrogatórios é uma das últimas do processo. Com isso, o julgamento final da ação penal pode acontecer no segundo semestre de 2025. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar penas superiores a 30 anos de prisão.
