O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, se manifestou nesta quarta-feira (17) sobre as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e aos ministros da Corte. Em pronunciamento na abertura da sessão plenária, ele fez um chamamento ao diálogo e à compreensão, destacando a importância da amizade entre os países e do respeito à Constituição e às leis brasileiras.
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Tentativa de golpe de Estado
Barroso defendeu o trabalho da Primeira Turma do STF, responsável pela condenação do chamado Núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, o processo foi conduzido com serenidade e transparência, servindo como exemplo de pluralismo e diferentes visões de mundo, fundamentais à democracia.
“O processo não foi uma farsa, perseguição ou caça às bruxas, como alguns alegam”, afirmou. Ele ressaltou que a ampla maioria da sociedade reconhece a tentativa de golpe e valoriza a atuação do STF.
Sanções e liberdade de expressão
O ministro criticou as sanções, afirmando ser injusto punir o Brasil, seus cidadãos e empresas por uma decisão baseada em provas, acompanhada internacionalmente.
Barroso também respondeu a críticas sobre restrições à liberdade de expressão: “No Brasil, não vigora censura. As remoções de conteúdo se referiam a crimes, como ameaças, e não a opiniões”.
