Um ataque israelense em Gaza matou um palestino neste domingo (2), segundo autoridades de saúde locais. O incidente ocorreu em meio à troca de acusações entre Israel e o grupo Hamas sobre violações da trégua que, desde 10 de outubro, havia reduzido consideravelmente os confrontos após dois anos de guerra intensa.
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De acordo com o Exército israelense, o alvo da ofensiva era um militante que representava ameaça às suas forças. O Hospital Al-Ahli informou que a vítima morreu após a explosão de um míssil próximo a um mercado de vegetais no bairro de Shejaia, na Cidade de Gaza.
Durante uma reunião do gabinete israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que “ainda há bolsões do Hamas nas áreas sob nosso controle em Gaza e estamos sistematicamente eliminando-os”. Enquanto isso, o Hamas publicou uma lista de supostas violações do cessar-fogo cometidas por Israel.
Ismail Al-Thawabta, diretor do escritório de mídia do governo de Gaza, administrado pelo Hamas, negou qualquer violação da trégua por parte de seus combatentes. Ele afirmou que as forças do grupo têm respeitado o acordo e acusou Israel de continuar com ataques pontuais e provocativos.
Além disso, o cessar-fogo possibilitou o retorno de centenas de milhares de palestinos às ruínas de suas casas e a entrada de ajuda humanitária em áreas devastadas. Israel também retirou tropas de algumas cidades, conforme o pacto.
Violência persiste apesar do cessar-fogo
Mesmo com o acordo em vigor, a tensão segue alta. Desde o início da trégua, autoridades palestinas relatam 236 mortes em novos bombardeios israelenses. Quase metade dessas vítimas morreu na semana passada, quando Israel retaliou um ataque às suas tropas. Segundo o governo israelense, três soldados morreram na ocasião, e o alvo da resposta foi um grande número de combatentes.
O cessar-fogo também incluiu a libertação de 20 reféns em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. Entretanto, o processo de devolução dos corpos dos reféns ainda não foi concluído. Israel acusa o Hamas de atrasar as entregas, enquanto o grupo afirma enfrentar dificuldades logísticas.






















































