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Ação do MPF para proteger meio ambiente no litoral de Natal provoca impasse com Fecomércio. Entenda

Ação do MPF na Via Costeira gera reação da Fecomércio RN, que alerta para impactos econômicos e insegurança jurídica. Entenda os dois lados do caso.
Foto: Ministério do Turismo - Alex Régis

Uma ação do Ministério Público Federal (MPF) na Via Costeira, visando a proteção do meio ambiente no litoral de Natal, provocou forte reação de entidades do setor produtivo. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN) divulgou nota, nesta terça-feira (9), afirmando que a iniciativa pode gerar impactos sociais, econômicos e institucionais graves para Natal. Já o Ministério Público Federal defende que as medidas são necessárias para proteger uma das áreas ambientais mais sensíveis da capital potiguar.

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Na nota divulgada nesta terça-feira, a Fecomércio RN afirma que a Ação Civil Pública do MPF ameaça “investimentos, empregos e a credibilidade institucional do Rio Grande do Norte”. A entidade considera inaceitável que dispositivos legais aprovados no Plano Diretor de Natal e em legislações estaduais sejam colocados sob suspeita.

Segundo a federação, o Plano Diretor foi construído com amplo debate público, participação social e escuta de diversos setores. Assim, a judicialização seria um risco à autonomia municipal e ao processo democrático.

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A Fecomércio também argumenta que a Via Costeira está estagnada há duas décadas e que a legislação atual já exige estudos ambientais, EIA/RIMA e preservação do acesso à praia. Para as entidades signatárias, a eventual suspensão de normas e licenças traria insegurança jurídica imediata, podendo interromper obras, afastar investidores e gerar prejuízos irreversíveis.

A federação reafirma ainda que está aberta ao diálogo com MPF, Prefeitura, Governo do Estado, Semurb, Idema e demais instituições.

O que pede o MPF na ação

A ação civil pública do Ministério Público Federal tem como foco a proteção ambiental da Via Costeira e de todo o ecossistema do litoral adjacente. O MPF afirma que leis municipais e estaduais recentes reduziram indevidamente a proteção das áreas de preservação permanente e abriram brechas para ocupação em locais que deveriam permanecer não edificáveis.

Os procuradores Camões Boaventura e Victor Mariz pedem:

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  • Suspensão imediata de trechos do Plano Diretor de Natal.

  • Suspensão de leis municipais e estaduais aprovadas entre 2022 e 2025.

  • Anulação de licenças ambientais concedidas após março de 2022, salvo se compatíveis com o Código Florestal.

  • Proibição de emissão de novas licenças que contrariem regras ambientais federais.

  • Elaboração de um Plano de Proteção e Gestão Ambiental da Via Costeira, com participação social.

Para o MPF, estudos técnicos demonstram que a Via Costeira é composta por dunas e restingas, formações que controlam erosão, recarregam aquíferos e servem de berçário para espécies. A ocupação intensiva poderia ampliar processos erosivos, especialmente diante do avanço do mar e dos eventos climáticos extremos.

O órgão também alerta que a pressão imobiliária na área aumenta o risco de novos danos ambientais e custos elevados para o poder público.

Entenda o conflito

De um lado, o MPF defende que legislações recentes flexibilizaram de forma irregular a proteção ambiental da Via Costeira. Além disso, afirma que o município não respeitou recomendações anteriores para suspender novas autorizações até a conclusão de estudos técnicos.

Do outro lado, a Fecomércio e entidades do turismo afirmam que a judicialização ameaça empregos, investimentos e previsibilidade jurídica, além de ignorar o processo democrático que resultou no Plano Diretor.

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