A disparidade entre o salário de um homem e de uma mulher que exercem a mesma função é uma preocupação mundial. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que mundialmente as mulheres recebem 20% a menos do que os homens. No Brasil, em 2021 essa diferença aumentou e foi para 22%.
A cultura enraizada socialmente fez com que as mulheres tivessem menos oportunidades de trabalho ao longo do tempo. A baixa representatividade em cargos de liderança, a violência contra as mulheres e a pandemia da covid-19 afetaram diretamente a renda, saúde e segurança, atrapalhando o desenvolvimento do trabalho feminino e da igualdade de gênero.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), metas de transparência salariais de empresas e politicas públicas do Estado podem diminuir desigualdades e impulsionar a economia. O estudo deixa claro que transparência salarias dão oportunidade aos trabalhadores negociarem taxas, salários mais justos e denunciar qualquer discriminação salarial.
Além disso, ONGs, sindicatos, movimentos sociais e outras parcerias ativas ajudam a entender e erradicar as desigualdades nos países. A diretora da OIT para Condições de Trabalho e Igualdade, Manuela Tomei, aprofundou dizendo que a busca da paridade de gênero em ambientes de trabalho é um processo e que cada país tem soluções diferentes para combater este preconceito.
No Brasil a paridade de gênero ainda está longe de ser uma realidade. O país ocupa uma das últimas posições no ranking internacional de igualdade salarial, segundo o relatório Global Gender Gap Report de 2020.
Ainda que tenha ocorrido uma melhora nos últimos anos com a desigualdade entre trabalhadoras e trabalhadores, dados mostraram que, em 2021, houve um aumento, colocando em risco o conquistado até o momento. O gráfico do “Fundo Brasil” mostra os números ao passar dos anos e apontam a piora em 2021.
A falta de pluralidade nas empresas não atingem somente as mulheres, o próprio Produto Interno Bruto (PIB) do país também é diminuído com o preconceito. Segundo dados da revista britânica The Economist, se a paridade de gênero fosse uma realidade, o PIB por cabeça poderia crescer 15% no Brasil. Já na América Latina, a cifra seria 16% maior.
Fonte: SBT NEWS