Raquel Lyra (PSDB) será a primeira mulher a comandar o Palácio das Princesas, em Pernambuco. Com 92,56% das urnas apuradas, ela aparecia com 58,84% dos votos válidos, contra 41,16% de Marília Arraes (Solidariedade). Pernambuco era governado pelo PSB havia 16 anos, nas gestões de Eduardo Campos, por duas vezes, e de Paulo Câmara, por mais duas.
Raquel chegou ao segundo turno atrás nas pesquisas de intenção de voto. Marília liderava até a véspera do primeiro turno. No entando, após a morte do marido — que faleceu no dia do primeiro turno das eleições em 2 de outubro — Raquel intensificou a campanha e virou votos. Foi crescendo até se descolar quase oito pontos da adversária nas pesquisas.
O resultado das urnas foi similar ao mostrado nos últimos levantamentos divulgados. Na IPEC da terça-feira (25) Raquel Lyra pontuou 51% contra 43% da candidata Marília Arraes (Solidariedade).
Alianças e propostas
Raquel Lyra se maneteve neutra no 2º turno das eleições presidenciais. Não anunciou apoio a Lula nem a Bolsonaro.
Seu plano de governo fala sobre o aumento da violência e fome, traz medidas para aprimorar a gestão da saúde pública, fortalecer e integrar os serviços públicos de apoio ao enfrentamento da violência contra a mulher e reduzir o número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza.
Além da morte do marido no primeiro turno, a governadora eleita teve que driblar um susto com o filho caçula, em plena campanha no segundo turno. Em 13 de outubro ele cancelou compromissos da agenda política para acompanhar o filho João Lyra Lucena, de 12 anos, que passou mal e precisou fazer uma cirurgia de emergência para retirada do apêndice.
Perfil
Raquel Lyra tem 43 anos, nasceu em Recife, é advogada e filha de João Lyra Neto, ex-prefeito de Caruaru e ex-governador de Pernambuco. A candidata foi eleita duas vezes deputada estadual de Pernambuco pelo PSB e foi a mulher mais bem votada do estado e de Caruaru, onde deixou o comando da prefeitura para concorrer ao governo estadual.
