Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é atribuição do Poder Público prestar assistência psicológica às mulheres grávidas no Brasil. Agora, uma nova lei, que entra em vigor em seis meses, promete facilitar o encaminhamento de pacientes gestantes e puérperas para este tipo de atendimento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um levantamento da Fiocruz mostra que uma em cada quatro mães de recém-nascidos sofre com algum transtorno psicológico no país.
A lei também prevê mais ações de conscientização sobre saúde mental em hospitais e estabelecimentos de saúde. A médica Myriam conta que o acompanhamento psicológico tem sido fundamental, desde que soube da gestação: “Quando eu descobri que estava grávida, vinha aquela avalanche de emoções, aquelas mudanças hormonais, mudanças no corpo, mudanças na rotina, nas perspectivas, na ideia de futuro… quando tudo isso é transformado, e vem tipo uma avalanche, precisa trabalhar isso”.
Para a psicóloga perinatal Jennifer Andrade, promover saúde mental para as mães é também uma forma de garantir a saúde das crianças. “Quando a gente cuida da mulher, a gente também permite que essa criança tenha um cuidado mais integral. Eu só consigo cuidar de alguém se eu estiver sendo cuidada”, pondera a especialista.
