O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, negou a existência de um acordo entre as duas maiores facções criminosas do Brasil. A declaração veio após o vazamento de um relatório de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais, que apontava indícios de uma trégua entre chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho para reivindicar tratamento menos rígido nos presídios federais.
A suposta aliança, que poderia ter impacto dentro e fora das penitenciárias, foi descartada pelo ministro. De acordo com o documento vazado, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, e Marcinho VP, um dos principais nomes do Comando Vermelho, estariam coordenando ações conjuntas, incluindo um pacto de não agressão.
Lewandowski, no entanto, afirmou que o único conluio identificado foi entre advogados das facções, que tentavam formar uma frente comum no Judiciário para flexibilizar as condições carcerárias.
O vazamento do relatório trouxe à tona a tentativa de advogados de modificar as regras de isolamento impostas aos chefes do crime organizado nos presídios de segurança máxima do país. Além disso, Lewandowski criticou o encarceramento em massa e a atuação das forças policiais.
Lewandowski anunciou que pretende enviar ao governo um projeto para endurecer a punição ao crime de receptação. “Precisamos aumentar as penas para os receptadores. O roubo de carga atrapalha a economia e o roubo de celular apavora o cidadão comum”, concluiu.
SBT News
