A Ucrânia disparou 337 drones contra a Rússia nesta terça-feira (11), marcando o maior ataque aéreo feito pelo país em três anos de guerra. Segundo o Ministério de Defesa de Moscou, todos os ataques foram interceptados, num total de 10 regiões russas.
Pelas redes sociais, o governador de Moscou, Andrei Vorobyov, informou que 91 drones foram lançados em direção à região. Os destroços dos equipamentos provocaram incêndios em carros e danificaram sete apartamentos de um edifício residencial. Uma pessoa morreu e outras novas ficaram feridas, sendo duas em estado grave.
Outras regiões também foram atingidas, como Belgorod, Bryansk e Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, e as regiões mais interiores da Rússia, como Kaluga, Nizhny e Ryazan. Em Leninsky, seis pessoas, incluindo uma criança de quatro anos, ficaram feridas pelos destroços dos drones. Já em Domodedovo, um homem de 38 anos morreu.
Em meio à ameaça aérea, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia impôs restrições aos voos de entrada e saída nos aeroportos de Zhukovsky, Domodedovo, Sheremetyevo, Vnukovo, Strigino (Nizhny Novgorod) e Tunoshna (Yaroslavl). O tráfego de comboios na estação ferroviária de Domodedovo também foi interrompido.
O ataque ucraniano foi feito em resposta aos bombardeios russos na noite de segunda-feira (10). Autoridades registraram ataques com drones, artilharia e bombas na região de Sumy, onde um civil ficou ferido, e na cidade de Kherson. De acordo com os militares, a Rússia disparou, durante a noite, um total de 126 drones e um míssil balístico contra o país.
Negociações de paz
O aumento das hostilidades acontece no dia em que representantes dos Estados Unidos e da Ucrânia se reúnem na Arábia Saudita para debater o fim da guerra. A ideia, segundo o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, é avaliar as propostas do governo ucraniano para, se aprovadas, serem debatidas com autoridades russas.
Paralelamente, altos representantes do exército de mais de 30 países estão se reunindo em Paris, na França, para discutir a criação de uma força internacional para deter futuras agressões russas caso um cessar-fogo seja estabelecido. Além de nações europeias, o encontro reúne potências asiáticas, como Japão e Coréia do Sul.
