O barril de petróleo foi cotado na quarta-feira (2) a US$ 113,00 (R$ 576,31) no mercado internacional, maior valor desde 2014, enquanto grandes petrolíferas anunciam o fim dos negócios na Rússia, potência energética estrangulada pelas sanções econômicas do ocidente em decorrência da guerra na Ucrânia.
O país está engessado, sem poder sequer mexer nas suas reservas internacionais para segurar a queda da sua moeda e consequentemente a alta da inflação. Menos dinheiro significa menos potencial para comprar armas e manter a guerra, é a lógica por trás das sanções. O problema é que o consumidor comum também vai pagar essa conta. Londres, por exemplo, está a quase 3 mil km de Moscou, mas nas bombas da cidade já houve reajuste da gasolina e do diesel.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a Europa entrou em uma era de mudanças, com o aumento dos investimentos em defesa e a busca pela independência de gás fornecido pela Rússia. Essa é a grande preocupação dos países europeus. O valor do gás chegou a subir 60%. O carvão, energia altamente poluente, voltou a ser considerada pela Europa como uma alternativa para o gás russo. Em risco estão as metas para preservação do planeta, que boa parte do mundo se comprometeu a cumprir.
Mas não é apenas o setor energético que vai sofrer com as sanções. A Europa principalmente sentirá o impacto econômico desta guerra. E a pressão continua em todos os setores, como o turístico e o de negócios. No total, 30 países já fecharam seus espaços aéreos para aviões russos, e os portos são os próximos alvos. O Reino Unido já baniu embarcações russas de atracarem em seu território. As grandes empresas de tecnologia e famosas marcas também suspenderam vendas na Rússia.
Aplicativos não podem mais ser baixados no celular. Lançamento de filmes por enquanto também ficarão fora de cartaz. No esporte, a condenação ao governo de Putin continua. Pressionado, o oligarca Roman Abramovich se rendeu: venderá o time de futebol Chelsea e disse que doará o dinheiro para as vítimas da guerra. Mas mesmo diante desta imensa jogada internacional de quase todos contra Putin, ele continua sendo o dono da bola, até quando, ninguém sabe.
Fonte: SBT News