O padre Iranildo Augusto de Assis denunciado por suspeita de assédio sexual contra adolescente na Região Metropolitana de Natal foi indiciado pela Delegacia de Polícia Civil de São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Natal. “Foram feitas as oitivas, ouvidas testemunhas e o padre denunciado. O inquérito foi concluído e enviado no dia 25 de outubro ao poder judiciário e desde o dia 31 de outubro os autos estão no Ministério Público”, explicou o delegado Rafael Câmara, titular da delegacia do município.
O delegado informou que o padre foi indiciado, mas por se tratar de um caso delicado, ele se resguarda ao direito de manter a tipificação do crime em sigilo.
A mãe do adolescente que fez a denúncia falou com a equipe do Patrulha da Cidade sem se identificar e disse que aguarda um posicionamento da Justiça. “Ainda estou muito nervosa. Meu filho está sendo acompanhado por psicólogo”, afirmou. O juiz concedeu uma liminar para que a igreja arque com as custas do tratamento psicológico do adolescente.
A Arquidiocese de Natal informou que não recebeu nenhum tipo de notificação neste sentido até a manhã desta quinta-feira (10). A Arquidiocese afirma que a sua posição permanece inalterada e irredutível quanto ao acatamento, em conformidade com a Lei, das decisões emanadas pela autoridade judicial competente, de tudo o que se referir ao caso em questão, em espírito de colaboração e para o bem da verdade.
Memória do caso
De acordo com a mãe, o filho de 14 anos frequentava a igreja e vinha recebendo mensagens estranhas do padre. No dia 16 de outubro, o adolescente disse assustado à mãe que o padre tinha o abraçado, chupado sua orelha e tentado beijar o seu pescoço. Diante desse relato, a família decidiu registrar o boletim de ocorrência na Polícia Civil.
No dia 18 de outubro, a Arquidiocese de Natal comunicou o afastamento do padre. O arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, determinou o afastamendo do sacerdote das funções ministeriais exercidas na Arquidiocese de Natal e a instauração de uma investigação, conforme ordenamento canônico, a fim de que sejam apurados os fatos e as circunstâncias que o envolvem em acusação de suposto abuso sexual.