Em reunião da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, o chanceler do Brasil, Mauro Vieira, respondeu a questionamentos sobre as razões para o governo brasileiro não chamar o grupo Hamas de terrorista.
De acordo com Vieira, o Brasil segue o entendimento do Conselho de Segurança da ONU. O chanceler argumentou que a maioria dos países que integram a organização não considera o Hamas como um grupo que pregue o terror.
“A questão de declarar o Hamas uma organização terrorista ou não foge, no momento, à nossa política, porque nós declaramos os países, organizações ou pessoas de acordo com a definição do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é o órgão encarregado de velar pela paz e pela segurança internacional”, disse Vieira.
O chanceler ainda destacou que o Brasil segue outras orientações da ONU em casos de conflitos internacionais. O Brasil segue essa orientação em sanções contra países em guerra, nós só aplicamos sanções que sejam aprovadas pelo Conselho de Segurança, não aplicamos unilateralmente sanções que alguns países aplicam e nos solicitam que sejam replicadas pelo Brasil”, disse o embaixador.
Vieira afirmou, ainda, que um dos motivos para o país não tomar posição no conflito se dá pelo bom relacionamento brasileiro com Israel, com a Palestina e com a maioria dos países do mundo. Segundo o chanceler, esse posicionamento possibilita ao Brasil conversar com ambos os lados e negociar o resgate de brasileiros em zonas de conflito. O Brasil resgatou 916 pessoas e 24 animais de estimação em Israel e aguarda a liberação das fronteiras no Egito para repatriar 32 cidadãos brasileiros na Faixa de Gaza.
SBT News