A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (16) o PM identificado como autor dos disparos que mataram o delator do PCC Antônio Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos em novembro do ano passado.
A prisão faz parte da Operação Prodotes, que cumpre outros 14 mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital. A ação conta com a participação da força-tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime.
Segundo informações obtidas pelo SBT News, os policiais – inclusive agentes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) – eram ligados a integrantes da facção criminosa, incluindo Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, morto a mando de Gritzbach. Eles faziam a segurança e a escolta desses criminosos e, portanto, tinham interesse na morte do delator.
Segundo a SSP, os PMs passaram a ser investigados em março do ano passado, quando a Corregedoria recebeu uma denúncia sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção.
Cerca de sete meses depois, a investigação evoluiu para um Inquérito Policial Militar (IPM), onde foi apurado que os envolvidos, entre militares da ativa, da reserva e até ex-integrantes da instituição, favoreciam integrantes do PCC, evitando prisões ou prejuízos financeiros.
