A China anunciou, na última sexta-feira (30), a suspensão total da importação de frango brasileiro e todos os seus derivados. A decisão ocorreu após o aumento no número de casos suspeitos de gripe aviária em diferentes regiões do Brasil.
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Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), existem atualmente 12 casos em investigação, a maioria entre aves silvestres. Um dos registros mais recentes aconteceu no município de Guarulhos, em São Paulo, incluído no monitoramento do ministério nesta mesma sexta-feira.
Além da China, outros 24 países impuseram restrições ao frango brasileiro. No entanto, a maioria adotou medidas apenas em nível estadual. Por exemplo, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos limitaram o embargo a regiões com registros da doença.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, movimentou cerca de US$ 10 bilhões em 2024, representando 35% do mercado global. Assim, o impacto das sanções pode afetar diretamente a balança comercial brasileira.
Por outro lado, a Namíbia flexibilizou suas restrições, limitando as proibições apenas ao estado do Rio Grande do Sul. Já o Kuwait e a Macedônia do Norte ampliaram os embargos para todo o território nacional.
Em Montenegro (RS), onde ocorreu o único caso confirmado de gripe aviária em granja comercial, as autoridades concluíram a desinfecção dos galpões no dia 22 de maio. Desde então, a região segue em um período de 28 dias de vazio sanitário.
Se não surgirem novos casos até o fim desse prazo, o Brasil poderá retomar as exportações de aves, ao menos parcialmente.
