Uma semana após a morte de Micarla Cipriano da Silva, de 23 anos, e de suas filhas gêmeas, a família ainda aguarda por respostas e justiça. Micarla, grávida de oito meses, faleceu no Pronto Atendimento Municipal de Canguaretama, onde deu à luz as duas meninas, Aurora e Aslany, que também não sobreviveram. A família alega negligência médica e tem expressado profunda dor e insatisfação com a forma como o atendimento foi conduzido.
A vó de Pedro Lucas, marido de Micarla, em entrevista à TV Ponta Negra, compartilhou o sofrimento que a família enfrenta após a perda. Ela relatou que Micarla foi levada ao hospital em estado crítico, mas não foi transferida para outra unidade de saúde, permanecendo apenas no Pronto Atendimento onde recebeu oxigênio. Apesar dos esforços para salvar as gêmeas, ambas faleceram logo após o nascimento, o que intensificou as suspeitas de que o atendimento prestado poderia ter sido inadequado.
Em resposta às acusações, a Secretaria de Saúde de Canguaretama emitiu uma nota afirmando que todas as medidas possíveis foram tomadas durante o atendimento a Micarla e suas filhas. No entanto, a pasta não divulgou as causas exatas das mortes. Diante da gravidade da situação, a prefeitura de Canguaretama anunciou a abertura de um procedimento administrativo para investigar os fatos e esclarecer as circunstâncias que levaram às três mortes.
A morte de Micarla e de suas filhas deixou marcas profundas na família, que agora luta por justiça e por respostas que possam explicar o que ocorreu naquele dia. “A minha dor é grande gente, ninguém queira passar”, relatou a bisavó paterna das gêmeas, ao repórter Rogério Fernandes, para o Patrulha da Cidade.