Com o escândalo dos descontos indevidos no INSS, ações judiciais estão sendo movidas por beneficiários que buscam ressarcimento na Justiça. Em resposta, uma nota técnica foi emitida pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. O documento orienta magistrados sobre os processos relacionados a descontos associativos e sindicais.
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A nota foi elaborada pelo Centro de Inteligência da JFRN. O objetivo é fornecer diretrizes diante do aumento expressivo de ações sobre o tema.
Mesmo antes da operação que revelou os problemas no INSS, a JFRN já havia iniciado o monitoramento dos casos. O crescimento das demandas foi observado em toda a 5ª Região da Justiça Federal.
Durante a análise técnica, chamou atenção o número elevado de execuções frustradas. Isso ocorreu mesmo com entidades que possuíam convênio ativo com o INSS.
Ficou constatado o rápido esvaziamento das contas dessas instituições, o que dificultava o cumprimento das decisões judiciais.
Como solução, foi criado um fluxo de pagamento por bloqueio direto no INSS. O mecanismo é operado junto à Diretoria de Benefícios do Instituto. Consiste na retenção de repasses às entidades, garantindo o cumprimento das ordens da Justiça.
A nota técnica foi assinada pelos juízes federais Eduardo Sousa Dantas (12ª Vara Federal de Pau dos Ferros) e Madja de Sousa Moura Siqueira (11ª Vara Federal de Assu).
O Centro de Inteligência da JFRN é responsável por analisar temas recorrentes e emitir sugestões que podem ser adotadas por magistrados.
Campanhas educativas são reforçadas pela Justiça Federal
A Justiça Federal do RN tem se mostrado atenta aos riscos relacionados a empréstimos e descontos consignados.
Em 2024, uma campanha educativa foi promovida sobre o tema. As peças foram divulgadas em veículos de comunicação de todo o Estado.
O objetivo tem sido orientar a população e prevenir prejuízos financeiros, especialmente entre aposentados e pensionistas.
