A extradição de Carla Zambelli foi determinada neste sábado (7) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro ordenou que o Ministério da Justiça formalize o pedido, após a deputada federal do PL-SP fugir para a Itália, onde agora é considerada foragida da Justiça brasileira.
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A decisão ocorreu um dia depois da Primeira Turma do STF manter, por unanimidade, a condenação de Zambelli a 10 anos de prisão. A parlamentar perdeu o mandato após ser responsabilizada por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em um esquema que envolveu o hacker Walter Delgatti.
No despacho, Moraes destacou que toda a documentação necessária para a extradição de Carla Zambelli deve ser enviada em português e traduzida para o italiano. O material também precisa estar acompanhado do formulário de extradição disponível no site do Ministério da Justiça, devidamente preenchido.
Além disso, o nome da deputada licenciada já foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. Isso a torna procurada em 196 países. Conforme apurado, Zambelli teria embarcado para a Itália na última quinta-feira (5), antes que a ordem de prisão preventiva fosse oficializada.
O ministro também comunicou formalmente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a perda do mandato da parlamentar, nos termos da Constituição Federal.
Por outro lado, Walter Delgatti segue preso. Ele foi condenado a oito anos e três meses e alegou que Zambelli ordenou o ataque cibernético. Ela nega.
